NOTÍCIA

O novo intervalo entre as doses de vacinas contra a covid-19 passará a valer a partir da próxima semana em Concórdia, conforme informou a secretária municipal de saúde, Leide Mara Bender, à emissora. O Ministério da Saúde confirmou na semana passada e oficializou na última segunda-feira que a dose de reforço agora será aplicada quatro meses depois da segunda.

Até então, a chamada terceira dose era aplicada cinco meses depois do complemento vacinal. Esse intervalo já era uma redução, pois inicialmente a aplicação do reforço contra a covid ocorria em seis meses. O objetivo em reduzir o tempo entre as aplicações se dá em função de aumentar a eficácia contra a variante Ômicron, que está chegando ao país.

A secretária de saúde de Concórdia alerta aos moradores que, nesta semana, o intervalo segue sendo de cinco meses. Nesta quarta-feira, dia 22, ocorre a aplicação de reforço para adultos, e este prazo deve continuar sendo respeitado. Isso ocorre porque, quando a ação foi organizada, o intervalo ainda não havia sido alterado.

Nas ações de reforço vacinal da próxima semana a população deve contar quatro meses. Portanto, poderão receber a terceira dose todas as pessoas que foram vacinadas com o complemento até o fim do mês de agosto. A autorização para esta mudança foi publicada na segunda-feira pelo Ministério da Saúde, e repassado pelo governo de Santa Catarina às prefeituras.

Como estudos iniciais têm mostrado que a variante Ômicron do coronavírus é mais resistente à vacina, pelo menos com duas doses, a orientação tem sido acelerar a aplicação da terceira dose, o que aumenta a proteção do indivíduo. Não há estudos conclusivos sobre a nova cepa, mas as primeiras informações indicam que ela seja mais transmissível que as anteriores e contaminam mais facilmente os vacinados.

Imunossuprimidos

A secretária de saúde de Concórdia também confirmou, durante entrevista à reportagem da emissora na manhã desta quarta-feira, que já foi autorizada a quarta dose para as pessoas imunossuprimidas. Este grupo já recebe a terceira aplicação com um intervalo de 28 dias após a segunda dose. A nova dose de reforço será aplicada quatro meses após a terceira.

Somente este grupo é que tem, até o momento, a autorização para quatro aplicações. Esta medida também foi tomada em função da disseminação da nova variante. Ainda não há previsão para o início da aplicação dela em Concórdia, mas considerando o início da aplicação da terceira dose, que foi no fim de setembro, então isso deve ocorrer nos últimos dias de janeiro.

Segundo o documento, são considerados pacientes imunocomprometidos:
 
- os portadores de imunodeficiência primária grave;
- quem está fazendo quimioterapia para câncer;
- transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) uso de drogas imunossupressoras;
- pessoas vivendo com HIV/AIDS;
- pacientes em uso de corticóides em doses ≥20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por ≥14 dias;
- pessoas que usam drogas modificadoras da resposta imune (o Ministério da Saúde divulga uma tabela com essas medicações);
- pacientes com condições auto inflamatórias e doenças intestinais inflamatórias;
- pacientes em hemodiálise;
- pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas

Vacinação em crianças

Já quanto à vacinação contra a covid nas crianças de 5 a 11 anos, ainda não há informações quanto ao início da aplicação das doses, conforme as informações da secretária Leide Mara. A Agência Nacional de Vigilância Epidemiológica (Anvisa) autorizou a vacina da Pfizer na última sexta-feira, após análise com diversas entidades do setor.

No entanto, até o momento, o governo federal e o Ministério da Saúde ainda não liberaram a vacinação para este grupo. Para iniciar a aplicação dos imunizantes é preciso antes comprar as vacinas, porque elas têm uma formulação diferente das doses para adultos. O governo diz ainda que antes de tomar uma decisão deve realizar uma audiência pública sobre o assunto.

Alguns prefeitos e consórcios municipais têm analisado a possibilidade de iniciar uma compra direta das vacinas com a Pfizer enquanto o Ministério da Saúde posterga a decisão. Em Concórdia, porém, ainda não há algum entendimento neste sentido, sendo aguardada uma resposta por parte do governo federal para o início de janeiro.